onde é a próxima estação?

olho pra minha cama e vejo uma bolsinha de plástico transparente cheia de pollys e roupinhas sapatinhos e tal. dois telefones, um deles desligado. o telefone sem fio da minha casa. pastas para arquivar e as pastas para as reuniões de amanhã.
olho pra minha mesa de trabalho e vejo a minúscula pilha de papéizinhos meus - entre eles, a história do natal e da coroa de advento -, minhas flores coloridas de feltro, o celular sem chip que meu filho ganhou do meu pai "para jogar" e uma pilha de uns 15 cm de papéis que eu ia arrumar mas não arrumei. ah, e um tubarão lego ou playmobil me olha sem nenhuma doçura.
olho pro chão e acho um laço de plástico pink, menor que a unha do meu dedo mindinho, que é pra prender o cabelo das pollys.
há pouco conversava com um cliente sobre como aprovar um trabalho. ele disse que estava exausto, e eu sugeri que retomássemos a conversa amanhã. ele queria decidir tudo hoje. "para o trem que eu quero descer", falei. ao que ele respondeu: "só preciso saber onde é a próxima estação". claro que não reproduzo ipsis literis o que conversamos, porque nesse horário meus neurônios de vovozinha já foram dormir. mas achei a ideia ótima: na verdade, não é preciso que o trem pare para eu descer, porque a viagem é divertida. mas é preciso que eu descça na próxima estação, só pra descansar um pouco. tomar um banho de mar, comer uma boa comida, nadar um pouco e depois voltar.
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claro que o assunto era outro. mas fica pra próxima. sobre como não ser uma vaca.
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rezo todos os dias para aceitar o que vem e para buscar o que quero. torço para que eu nunca aceite o possível. tomara que eu sempre tenha a coragem de estar só para estar feliz. se é pra ser, que seja inteiro. tenho horror de migalhas e de mais ou menos. ou é bom, ou não é. punto i basta, como diz a giusi.
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e que deus nos proteja, pelamor.

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