sobre os 20 anos, as reclamações e a doçura

houve um tempo em que nos divertíamos mais, me parece.
são quase 10 da noite, e eu comecei meu dia às 5am. ia escrever sobre isso, sobre tudo o que fiz, mas achei que seria um saco.
acabo de preencher o formulário de "referência de empregador" para a amanda, sobrinhna de uma amiga de longa data. ela quer ser au-pair, aparentemente na holanda. preenchi tudo direitinho, e fiquei pensando em como é legal quando a gente tem 20 anos e nada é muiiiiito importante. algumas coisas são mais, outras menos. mas nada é ó-meu-deus.
talvez seja a minha memória que não lembra de tudo, mas tenho a impressão de que me preocupava menos - bem menos! - 20 anos atrás.
pois bem. o dia começou cheio. preparar o café da manhã e as lancheiras, acordar as crianças, levá-las à casa da carona, ir a uma reunião crítica, buscar as crianças, atender o celular, marcar um call que não aconteceu, almoçar, levar o filho à dentista, comprar sorvete na volta pra casa - são paulo deve ser uma das cidades mais quentes do mundo, pelamordedeus -, responder e-mails, ir à terapia, devolver filmes na locadora, comprar uniforme para o futebol do filho, chegar em casa e ver que ninguém fez a lição. chega.
eles dormem, limpos e felizes. contei uma história linda, fiz massagem com óleo de lavanda. sovei o pão, que acaba de assar.
mulheres histéricas falam e/ou escrevem tanto que até esquecem o tema.
o tema era "vamos nos divertir".
se aos 20 nos divertíamos mais, porque não podemos nos divertir MAIS AINDA aos 40? sem palavrões, porque na internet há censura. ah ah ah.
então vou rezar e meditar todas as manhãs para
  • exagerar menos
  • reclamar menos
  • falar menos
  • culpar menos
tudo isso para
  • me aborrecer menos
  • rir mais
  • viajar mais
  • acreditar mais

a rapadura é dura, mas é doce.

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