o que falar sobre a felicidade?

dias e dias pensando em escrever. dias e dias morrendo de sono e indo pra cama num horário completamente surreal. e então finalmente me sento aqui, descubro o ~~~~ do meu teclado novo e não sei o que escrever.
uma felicidade estranhíssima chegou, e eu andei por lugares esquisitos, vendo gente estranha, daquelas que fazem cara de veja-como-eu-sou-cool,-você-percebe-como-eu-sou-feliz-e-incrível?. não vomitei, mas quase.
ah ah ah.
o problema de escrever num blogue é que você não pode dar nome aos bois. tipo se sou escrota com uma pessoa e fico me remoendo por dois dias não posso dizer "estou com insônia porque mandei à merda a fulana de tal". ora pois.
a felicidade é um estado mui estranho quando vem assim devagarinho e em silêncio. questões imbecis do tipo "nossa!,-estou-me-sentindo-tão-leve-hoje" e "meu-deus-que-homem-lindo-mas-como-é-gordo-e-pode-ser-casado-com-esta-barbie?" aparecem com a tal da felicidade. sim, eu fiquei exultante. desculpa aí, mas foi inevitável.
agora escuto meu filho lendo um livro de piratas porque ele não consegue dormir. um saco. filhos quando voltam de outras casas - no caso, da casa do pai dele - normalmente estão indóceis. ele diz que não está com sono, que dormiu à meia-noite ontem e que não tomou banho. eu fiz um esforço hercúleo pra fazer cara de ameba morta. acho que consegui.
a coisa mais difícil de ser mãe é ir descobrindo, dia após dia, que a vida do filho é uma vida i-n-d-e-p-e-n-d-e-n-t-e da sua. definitivamente. e para sempre. e se separar do pai do filho quando ele é muito pequeno (o filho, claro) é um aprendizado na centésima potência. sorry, sorry love.
depois de ver um filme horroroso, fiquei pensando. a personagem falava uma frase linda sobre as consequências do divórcio na vida de uma mulher que tem um filho. eu chorava tanto que não anotei a frase. e claro que não vou falar o nome do filme pra não me queimar à toa, ah ah ah.
mas me sinto horrivelmente feliz. e vejo que muitos caminhos não têm volta. como eu dizia pra minha mãe quando eu tinha 15, 16 anos, e ela gritava dizendo que eu estava "pedindo muita liberdade": a liberdade ninguém dá. você conquista.
punto i basta.
deus esteja.

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