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Mostrando postagens de novembro, 2010

sobrecarregada? quem?

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o trabalho é da flavia . e como hoje é o último dia do último mês são do ano, achei pertinente publicar esta moça carregando o mundo na cabeça. eu não vou estar assim em dezembro, nem em janeiro ou feverreiro. nem nunca. eh eh eh.

mas por que alguém carrega um piano nas costas?

claro que eu faço a pergunta e não sei a resposta. cheguei ao trabalho cansada. não é normal uma pessoa dormir muito bem no fim de semana e acordar cansada na segunda-feira. mas eu acordei cansada, como tenho acordado faz dias. ele chegou ao trabalho, e eu perguntei como tinha sido o fim de semana. coisa que eu nunca faço. porque eu nunca converso com ele além do oi-tudo-bem?. e então reclamamos, os dois, que não tínhamos ido ao show do paul mc cartney. que eu acho um chato, mas mudei de ideia depois de ler o que o ivan finotti escreveu na folha de s. paulo sobre o show em porto alegre. mas depois fiquei pensando, que coisa besta uma pessoa reclamar que não foi a um show porque os ingressos eram caríssimos! aí me dei conta de que o problema não era não ter dinheiro para ir a um show, mas não ter a felicidade de ir a um show maravilhoso e cantar músicas maravilhosas - de preferência acompanhada de uma pessoa maravilhosa, pelamordedeus. e o dia, que tinha começado triste, acaba triste. c

Eis o que ela escreveu sobre o amor e a coragem

"Fiquei pensando nas nossas conversas de ontem. Quando tu disse que apaixonado não deve tomar nenhuma decisão. Faz sentido, e na hora eu concordei. Mas depois fiquei pensando: mas e se não for a paixão que catalisa mudanças, vai ser o quê? Se não for a paixão por uma nova pessoa para acabar com um casamento que já não funciona, o que vai acabar? A paixão passa. E daí talvez sobre o amor. Será que esse amor novo, sem o ardor da paixão, faz a pessoa acabar o casamento? Não sei. Se não for no calor do momento, depois não acontece, eu acho. Depois as coisas acalmam e a vida segue como era antes, com uma boa lembrança. O amor é tão desvalorizado nesse meio em que vivemos. Na verdade, a valorização do amor é uma ideia romântica que talvez não sirva mais, mesmo. O amor. As coisas que as pessoas fazem por amor. Eu valorizo o amor. Para mim, o amor é importante. Mas frente a uma vida estruturada, filhos, posição social, casa montada, a história que se tem com a esposa, as caras feias que v

sob condições anormais de temperatura e pressão

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a cor que entra pelas janelas é sépia. é um fim do dia estranho. a cor é forte. minha sala e minha cozinha estão iluminadas. meu quarto também deve estar, mas não enxergo de onde estou. estou cansada. mas o cansaço é dos bons. o dia, pensei, seria medieval. eu havia passado a noite inteira sonhando, uma coisa horrorosa. não sonhar, mas sonhar tanto a ponto de ter certeza de que não estava dormindo. mas estava. eu teria muito trabalho. e estaria fora de casa das 6:30am até umas 9pm. mas não há nada como a inteligência que funciona para o bem. achei que "ter certeza de que o dia seria um horror" era uma ideia muito infeliz. e então fui fazendo uma coisa de cada vez. trabalhei, e quando chegou a hora de partir para um evento, desviei o caminho e vim pra casa. vamos ao resumo da situação. uma leve falta de ar por causa dos prazos no trabalho. o cabelo anda um horror, mas eu não quero ir ao meu caríssimo e sensacional cabeleireiro. nem todas as calças fecham, mas eu achei uma que

ana amava lucas que amava ana

ana amava lucas que amava ana. tudo ia bem - às vezes muito bem, às vezes pouco bem, como em qualquer casamento. e aí eles resolveram ter mais um filho. o terceiro. tudo lindo, tudo maravilhoso. até o dia em que saíram para jantar, e lucas disse à ana que não sabia se a amava. ela, num ato de coragem que não lhe era comum - pelo menos em relação a ele -, disse "i am so sorry baby, mas não vou discutir a relação com essa barriga". e então ele disse que estava apaixonado. não por ela. por outra. ele saiu de casa. foi morar na casa da nova namorada - estranho, mas eu tenho a impressão de já ter ouvido essa história um zilhão de vezes. e no meio do caminho ele engravidou uma moça, não a namorada, nem a ex-mulher, mas uma outra. mas a coisa é tããão confusa e sinistra que eu não tenho detalhes. ontem eu fui à casa da ana. ela é uma mulher maravilhosa, que tem uma família igualmente maravilhosa. ninguém tem dó dela, mas todos cuidam dela com amor e calor. e então ela me disse que lu

mas o que é importante mesmo?

fui pagar a conta do condomínio. e, surpresa!, eu não tinha dinheiro. não, não estou me referindo à minha carteira. estou falando da minha instável conta corrente. coitada. ou coitada de mim. mas depois de uns ataques de falta de ar, já estou quase dando risada. quase. eu fico muito brava quando o itau me diz que meu dinheiro acabou, e que o saldo que eu tenho é uma fantasia. sim, o banco me diz que eu tenho um "saldo disponível" quando estou devendo até os cadarços dos meus tênis velhos. meu pai sempre dizia - e diz ainda - que vale à pena comprar à vista, para não se endividar. e eu aprendi a lição. acho que se não tenho dinheiro, não devo comprar. mas isso vale pra um carro novo, uma casa na praia, férias na bahia, uma garrafa de veuve clicquot. mas pro supermercado e pra padaria não dá, né? grito mentalmente "que saco" mil vezes. e outras palavras de baixo calão também. eu sou uma mocinha muito mimada, e como dizia meu sogro, "não dá pra falar de dinheiro&q