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Mostrando postagens de novembro, 2019

apreciar ficar só é uma dádiva

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acordei e olhei pelas frestas da porta do quarto, que estava fechada. vi que a luz do dia ainda era fraca. e eu estava certa. depois de anotar um sonho um pouco confuso, olhei no relógio do celular. eram 6h30. não sabia se hoje faria sol ou se seria um dia nublado. só sabia que seria um dia fresco como ontem. em que não usar meias pode ser um ato de coragem, mas usá-las pode dar calor. ao abrir as janelas enxerguei o céu azul. fugi para o parque. queria deixar meus pensamentos de lado, em casa, e vir sozinha ao parque tirar o mofo do corpo, dos meus órgãos, do meu olhar e da minha alma. mas meus pensamentos, teimosos, vieram comigo. a cidade virou uma cidade-fantasma. um domingo pós feriado na sexta é sempre uma alegria nesta cidade tão grande e tão cinza. seus moradores fogem rumo ao interior, ao mar ou às montanhas. eu fujo em direção a mim mesma. enquanto o sol esquenta o meu corpo, olho ao redor. aviões passam quase sobre a minha cabeça, quero-queros voam e cantam e algumas pes

o que aprendi em um ano sem comprar roupas

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existem pessoas que ficam obcecadas com alguns temas. e eu fiquei com essa história do meu sabático de compra de roupas. não, não faz um ano. ainda faltam 24 dias pro aniversário. mas eu já aprendi um tanto e como as lições são libertadoras, eu resolvi compartilhá-las. claro que por vezes penso 'meu deus, será que uma pessoa não tem mais nada pra fazer na vida pra ficar obcecada com o fato de não comprar roupas?' mas pensando bem meus interlocutores costumam mostrar um certo interesse quando abro a minha boca pra discorrer sobre o tema, sobre os meus achados e tals. sim, eu pensei, na minha cachola tão criativa, que este ano sabático seria transformador. que eu me tornaria outra pessoa. ah ah ah. na verdade em vários momentos eu senti tédio. mas que falta de insights!, que falta de emoções arrebatadoras!, que falta de sensações do tipo u-a-u! vida que segue. e vamos às lições, que nada têm de u-a-u. 1. ansiedade a minha musa inspiradora, Lucy Shea , disse há muito que qua

rica, mesmo sem um tostão

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"não importa o quanto eu tenho, eu sempre me sinto rica." a frase eu peguei emprestada. de uma mulher sábia. e belíssima. a vida é bem simples: ela nos mostra o que precisamos ver/enfrentar/ultrapassar para aprender. e isso fica bem evidente quando você escuta uma frase e pensa uau, vou pegar emprestadas essas palavras sábias e vou colá-las no meu coração (sim, porque nos lembramos não do que está na mente, mas do que está no coração. uma pena as escolas estarem tão distantes disso). eu tenho passado por uma fase financeira instável. já faz uns anos. e, claro, vou melhorando aqui e ali. mas ainda é uma fase instável. depois de desistir de brigar por pensão de alimentos de filhos + de a transportadora que o meu pai tinha ir à falência + de ficar desempregada, a vida mostrou pra mim uma realidade que eu desconhecia. em português claro, "te vira, meu bem". eu sei que eu sou uma pessoa com muitos privilégios neste mundo desigual e por isso só escutei o "te vira