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Mostrando postagens de dezembro, 2010

as palavras do drummond que ela mandou

“Desejo a vocês... Fruto do mato Cheiro de jardim Namoro no portão Domingo sem chuva Segunda sem mau humor Sábado com seu amor Filme do Carlitos Chope com amigos Crônica de Rubem Braga Viver sem inimigos Filme antigo na TV Ter uma pessoa especial E que ela goste de você Música de Tom com letra de Chico Frango caipira em pensão do interior Ouvir uma palavra amável Ter uma surpresa agradável Ver a Banda passar Noite de lua cheia Rever uma velha amizade Ter fé em Deus Não ter que ouvir a palavra não Nem nunca, nem jamais e adeus. Rir como criança Ouvir canto de passarinho. Sarar de resfriado Escrever um poema de Amor Que nunca será rasgado Formar um par ideal Tomar banho de cachoeira Pegar um bronzeado legal Aprender uma nova canção Esperar alguém na estação Queijo com goiabada Pôr-do-Sol na roça Uma festa Um violão Uma seresta Recordar um amor antigo Ter um ombro sempre amigo Bater palmas de alegria Uma tarde amena Calçar um velho chinelo Sentar numa velha poltrona Tocar violão para algu

eu reclamo, tu reclamas, ele reclama

ela sempre reclama da mãe das enteadas dela. diz que é uma boba, mãe incompetente, que não dá conta das filhas. eu escuto com atenção, pensando num outro ponto de vista. eu não tenho enteados, mas meus filhos têm uma madrasta, que é casada com o pai deles. e eu, nesta história, posso ser uma bruxa. ... ele conversava com uma amiga quando me aproximei. ele falava do presente de natal que daria à babá da filha. a babá é funcionária da ex-mulher, não dele. mas ele gosta muito dela, e disse que ela, a babá, trata a filha dele com muito carinho. falávamos de bons presente e recompensas em dinheiro quando ele falou mal da ex-mulher. ele paga todas as contas extras no mês, além da pensão alimentícia, mas reclamou que às vezes a ex-mulher não o comunicava com antecedência dos gastos. fiquei pensando no que seria o ideal, para ele. a criança adoece, a mãe resolve levar ao pediatra, mas antes liga para o ex-marido, para ele se planejar com o gasto. seria assim? fiquei escutando atenta o que um e

as alegrias de dezembro

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é engraçado como o mês de dezembro pode virar uma tristeza, em vez de alegria. basta uma falta de atenção e pronto, tá feito o estrago. os dias ficam mais quentes e delicosos. os filhos entram em férias escolares - e entra em férias escolares o despertador também. uns dias de folga, mesmo que poucos, estão garantidos - afinal, natal e réveillon são festas respeitadas e comemoradas por muitos. as reuniões também fazem parte desses últimos 31 dias do ano: amigos, colegas de trabalho, pessoas que não encontramos durante o ano mas que queremos ver antes de o ano acabar. e, finalmente, os encontros familiares. que podem ser uma alegria, se houver espaço para senti-la. mas por que será que todas essas coisas podem ser mui facilmente esquecidas? porque olhamos pra fora, e esquecemos de olhar pra dentro. saímos feito loucos de carro pela cidade para comprar. não só presentes, mas lembrancinhas, panetones para os empregados do prédio, caixas de bombons para os professores, o tal do amigo secret

sobre mulheres que escorregam e caem. sério?

eram 6:30am. estávamos saindo de casa rumo à escola. e uma moça estava deitada no chão, no meio do asfalto. um rapaz gentil havia colocado um cone uns metros antes do lugar onde ela estava deitada. eu abri a janela do carro e perguntei se ele já havia chamado o resgate. sim, disse ele. e fomos pra escola. eu tinha trabalhado umas 15 horas no dia anterior. então fui ao parque andar, depois de meses de recesso. iria ao escritório depois do almoço. fui resolver umas pendências milenares nessas horas livres. entrei num shopping, consegui mandar consertar um cordão de prata que eu uso todos os dias. consegui fazer outras coisas também, como comprar o presente de natal para o meu pai e o refil para a minha agenda. tenho horror de shoppings, e estava indo embora feliz quando uma senhora na minha frente começa a literalmente andar de ré, até bater a cabeça numa vitrine a cair no chão. eu corro para ajudá-la, e fico segurando a mão dela, enquanto bombeiros e seguranças desengonçados fingem que

com gargalhadas dói menos

ando obcecada com a ideia do zen. o dia foi caótico. sexta-feira, um trânsito do além. tive de ir ao escritório, porque meu computador estava com falência parcial de órgão. levei as crianças à escola, na volta li toda folha de s. paulo, parei num caixa automático, cheguei em casa bufando. dei instruções sobre consumo de água pela milésima vez: como lavar louças e roupas sem usar horrores de água. cara feia. fui trabalhar. tinha uma reunião, mas não participaria. mas fui convocada. meu chefe pergunta o que há. digo que estou exausta. ele escuta. nem tudo está perdido. meu computador sai da minha mesa para a uti. ou seja, para a mesa do almir, que cuida dessa parte que eu tanto ignoro. falo com a contadora, depois com a motorista das crianças, que não vai trabalhar semana que vem. ela me explica que vai pra praia, e que em são paulo o trânsito está muito ruim. sinto vontade de chorar, mas não choro. muito bem. reunião no cliente à tarde. e agora vamos falar de coisas boas. o que é melhor

cansada, eu?

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pensamentos nada edificantes: - por que será que o mês de dezembro existe? - qual é a droga apropriada para falta de ar? - como esquecer que marlboros existem? - por que será que camisas bregas em homens exuberantes orrrrnam tanto? - tem gente mais louca do que eu. graças a deus. - eles só falavam de sexo, e era um pouco constrangedor. eu pensava, mas não disse nada. - a consciência pode ser muito incômoda. - será que deus tá vendo tudo mesmo? - o cansaço dói. a foto foi tirada numa tarde de inverno, numa praça singela e linda, lá em porto alegre.

a vida pode ser bela, belíssima

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"(...). e o budismo te mostra que não existe nada importante em si - nós é que damos importância às coisas." a frase não é minha. por isso as aspas. é da olga curado, jornalista. foi publicada na coluna da mônica bergamo, no domingo, 28.11. eu li e senti um alívio enorme, gigantesco. e delicioso. tenho trabalhado tanto, que ontem, pela primeira vez na vida, senti os ombros ardendo. sim, no final do dia eu não tinha dor nas costas. tinha ardência. estou com essa frase sobre o budismo na cabeça. e fiquei pensando, desde domingo, em como existem maneiras diferentes de passar pela vida. dezembro começou. e é preciso ficar atento para NÃO correr, NÃO surtar, NÃO pirar. e para inspirar - mas por que será que às vezes o ar falta tanto? -, vamos a imagens belíssimas. joãozinho antes de cortar os cabelos. ele tinha feito o café da manhã, menos o chá, "porque você não deixa eu mexer no fogão", me explicou meninas nascem meninas eu disse que não tinha lugar para uma rede na sa