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Mostrando postagens de agosto, 2013

sobre a frugalidade

o livro é desses com a capa ordinária, e tem páginas cujo papel é fino, poroso e vai ficando cada vez mais amarelado. quando você compra, o papel é bege. passados dez anos, tá quase marrom.  mas eis que dia desses, eu lembrei do livro - o que é bem diferente de quando você passa em frente à estante e enxerga um livro. eu tenho poucos livros na minha casa. só guardo os que me tocaram profundamente, e que, por causa disso, eu acho que um dia eu ainda vou ler novamente. mas esse era diferente. eu nem lembrava o que tinha nele. sim, lembrava do assunto, mas não do conteúdo. e lá fui eu relê-lo, tantos anos depois.  eu costumo esquecer de muitas coisas. filmes e livros incluídos. então foi enorme a minha alegria quando encontrei um pequeno trecho sublinhado. sim, apesar de eu não lembrar lhufas, eu já tinha lido aquilo! e agora estou na parte em que os autores falam sobre frugalidade. sobre isso, o houaiss diz o seguinte: 1. moderação alimentar; 2. simplicidade, sobriedade de costume

à espera dos sonhos

'eu tive muitos sonhos. mas tipo, dormindo eu fiquei esperando.' ela tinha acabado de acordar, e chegado à cozinha, onde eu preparava o café da manhã meio zonza de tanto que eu tinha sonhado. às vezes ela acorda e vai até a minha cama. mas às vezes eu acordo mais cedo, e então nos encontramos na cozinha. ela adora perguntar o que eu sonhei. e quando ela me pega deitada na cama escrevendo meu sonho no caderno, ela pede para eu contar. eu peço pra ela ela esperar um pouco, senão eu esqueço o que tenho de escrever. ela espera pacientemente. e toda vez que eu tento me livrar de contar o sonho e fecho o caderno, me dou mal. ela percebe. eu não conto tudo. leio uma parte, edito. e ela sempre diz "nossa, só isso?". é claro que ela sabe que não é só isso. às vezes eu escrevo os sonhos que ela conta no caderno dela. é um caderno que eu comprei quando ela ainda estava na minha barriga - na verdade, cada filho tem o seu. mas quem os guarda e quem escreve neles sou eu. as me

o fim das férias

por que é bom ter amigos? porque eles iluminam o nosso caminho. e alimentam a nossa alma. e depois desses dias todos de muito pensar e nenhum escrever, recebi um texto belíssimo escrito pela lya luft. fiquei emocionada. estava lendo e-mails do trabalho, que jaziam na minha caixa de entrada do outlook tinha quase um mês, quando levo um susto. senti um alívio: minhas férias terminavam em grande estilo. ei-lo abaixo: Mês passado participei de um evento sobre as mulheres no mundo contemporâneo. Era um bate-papo com uma plateia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi.   Foi um momento inesquecível... A plateia inteira fez um 'oooohh' de descrédito. Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não