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Mostrando postagens de junho, 2011

o que é bom?

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eu ainda não acredito. mas a despressurização vai acontecendo devagarinho. eu surtei e escolhi prevaricar por 30 dias. T-R-I-N-T-A. pra quem nos últimos dez anos viajou para lugares conhecidos, carregando ora um filho, ora dois, trata-se de uma grande aventura. enorme. trabalhei feito uma mula jovem hoje, mas dirigi pouco. isso quer dizer que o dia foi muito, muito produtivo. e agora me sento alegremente para escrever montes de palavras, ilustradas por montes de fotos. estava saindo do escritório ontem, me despedindo e contando da minha viagem pra bahia, quando ele perguntou "por que você não manda seus filhos pra um acampamento e vai viajar sozinha?". ele não tem filhos. ainda bem. na hora não respondi, mas disse que achava um horror "terceirizar os filhos" - o que não tem nada a ver com o acampamento, pelamordedeus. não olhei pra cara dele pra ver, e nem sei se ele ouviu. mas saí do escritório pensando em como sou sortuda de gostar de viajar com os meus filhos, e

a primeira vez

eu sempre ouvia de amigas casadas e com filhos que eu pelo menos tinha folgas. claro que nessa conclusão minhas amigas não incluíam a "carga dobrada" que mães que criam filhos sozinhas têm. acordam sozinhas fazem o café da manhã sozinhas levam o filho pra escola buscam da escola e arrumam o almoço e coordenam as atividades fora da escola e dão o jantar e colocam na cama todos os dias. escrevo enquanto meu filho dança enrolado na toalha, todo molhado, e minha filha me pergunta como se escreve patricia. mas voltando às folgas sobre as quais falava, não há mais folgas. primeiro minha filha disse que não iria passar fins de semana na casa do pai. depois, meu filho falou o mesmo. eu acho que mulheres desenvolvem dispositivos chamados "vou dar conta" depois que dão à luz. sem esses dispositivos, jamais seríamos capazes, pais e mães, de dar conta do recado. neste momento os pequenos selvagens gritam e se jogam contra o sofá. a vida sem açúcar seria, definitivamente, mais c

por fora

dia desses recebi um e-mail engraçado. uma amiga me mandava o texto de alguém que tinha escrito sobre as vantagens de se namorar uma mãe solteira. li, achei engraçado, e respondi que tinha adorado. mas as vantagens de se namorar uma mãe solteira ficaram na minha cabeça. dizia o texto que ela, a tal da mãe solteira, "já tem filho", ou seja, não seria uma pessoa interessada num relacionamento só pra procriar. e que a tal também "já casou", ou seja, não ficaria pedindo o rapaz em casamento. bem, o fato é que eu tenho amigas que nunca casaram nem tiveram filhos e estão vivendo suas vidas felizes e faceiras. e conheço mulheres que tiveram filhos, se separaram, e depois casaram novamente e tiveram mais filhinhos. fiquei pensando e me dei conta de que o texto incomodava - a mim, claro - porque tratava a mãe solteira como uma espécie diferenciada. e depois de ter achado a tal da campanha do dia dos namorados muito divertida, achei um grande saco. ... tínhamos combinado o ja

a paciência é um músculo, mas às vezes dá cãimbra

uau, faz um século que não escrevo. falta de inspiração. mas eu adoro ser obsoleta (leia: ter um blogue e não escrever mui frequentemente). fui ver o que o houaiss diz: 1 que já não se usa; arcaico, antigo 2 fora de moda; ultrapassado, antiquado bem, o fato é que existem temas que não têm o MENOR apelo. e a paciência, pelamordedeus, é um deles. eu juro que eu adoraria ser uma pessoa feliz. não estou sendo cínica. penso naquelas mulheres cheirosas, bem penteadas, "bem lavadas", como disse o tom jobim, com o sorriso de quem não tem problemas, só soluções. sim, é fake, mas que maravilha! as que são casadas com homens belíssimos, então, nem se fala. aí fazem uma foto com as cabeças encostadinhas, aquele sorriso bem lindo, dentes brancos, uma lindeza. mas deve ter dado alguma coisa errada quando eu encarnei, e comigo nunca foi assim. quando eu era magérrima eu usava roupas imensas pra não mostrar o meu tamanho. e pior ainda, quando engordo não me importo. pra piorar, acho qu