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Mostrando postagens de janeiro, 2019

'minha mãe é viciada em celular'

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eu tenho duas amigas mais jovens que eu. uma tem 6 anos, a outra, 7. moramos perto, e elas vêm me visitar de vez em quando. como elas são super hiper ultra jovens, elas tocam a campainha e esperam alguém abrir. elas não me avisam com antecedência. então, quando a campainha de casa toca, mas o porteiro não me avisou pelo interfone que a dona judith ou a dona paula estão subindo, eu sei que são as minhas amigas muito mais jovens do que eu que estão na porta. às vezes eu posso recebê-las. e então as convido para entrar e ofereço algo para beber e algo para comer. como elas são mega jovens, elas respondem com sinceridade. e a resposta é s-e-m-p-r-e sim. querem bolo? sim! querem uvas? sim! querem um copo de água? sim! querem um pedaço de chocolate? sim! se por acaso elas batem na porta quando eu estou trabalhando, eu digo pra elas que aquela não é uma boa hora, que eu tenho de trabalhar, e elas sorriem pra mim, dizem tchau e vão embora. florzinha no meio fio da av. rebouças nós nos

um ano sem comprar roupas - dia 33

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três dias atrás meu projeto um-ano-sem-comprar-roupas completou um mês. e o que aconteceu nesses primeiros 30 dias? eu achava que a decisão era um enorme ato do coragem, oh my god, acho que vou ter uns faniquitos e vou me dar conta de que sou louca ou vou desistir. que nada. eu não tive nenhum faniquito, sim eu sei que eu sou louca e eu não desisti. nesse ínterim - entre completar 30 dias e eu escrever sobre isso -, a dona Kondo estreou uma série no Netflix, "Tidying Up with Marie Kondo", que aqui na bananalândia foi traduzido para "Ordem na Casa com Marie Kondo". são poucos episódios, oito, e curtos. eu os assisti e eles terminaram antes de eu perceber que estavam terminando. Marie Kondo é uma mulher pequena. é baixa e magra e delicada como uma japonesa. diferentemente de programas sobre arrumação doméstica que proliferam na TV, dona Kondo não fica na casa das vítimas arrumando tudo. ela começa o processo, com direito a ajoelhar-se no chão e fazer uma apresentaçã

breve relato das férias da mãe

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hoje, 14 dias atrás, meu filho entrou no táxi e foi para o aeroporto. era o começo das férias dele. e das minhas também. as férias da minha filha tinham começado umas horas antes - ela tinha viajado no dia anterior. eu estava trabalhando no dia 18 de dezembro, e não me continha de felicidade. falava pra um e pra outro que as minhas férias já tinham começado. é uma coisa não usual a gente falar em férias quando se está no trabalho. talvez tenha um pouco a ver com a nossa necessidade de colocar tudo em caixas. tem a caixa do trabalho, a caixa das férias, a caixa do fim de semana, a caixa de ficar sério, a caixa de se divertir. estou tentando tirar a minha vida das caixas. ou seria tirar eu mesma de dentro de caixas que eu inventei? boa pergunta. não sei a resposta. fiquei 14 dias em casa, sozinha. e daí? quantas pessoas ficam sozinhas em casa? milhões. bilhões, talvez. mas eu sou mãe, então é raro eu estar sozinha na minha casa por mais do que algumas horas. assim como todas as mãe