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Mostrando postagens de maio, 2013

o que é importante mesmo?

é um exercício interminável. o tal do foco. a palavra dá um pouco de nojo quando penso que é papo de quem fala em planejamento de carreira - ai que chatice! mas não estou falando de olhar pra fora. estou falando de olhar pra dentro. o assunto é recorrente, e eu tenho de pedir desculpas se por acaso provoco tédio nalguma alma. acho engraçado como as dores de barriga são tão diferentes. os anos passam, e a dor de barriga sempre vem me visitar. dessa vez foi por conta de várias viagens. curtas, mas viagens. então é uma função de onde vai ficar minha filha?, quantas horas demora pra chegar?, será que meu filho aguenta passar a noite no ônibus e ir pra escola de manhã cedo? depois tem a função como-vamos-chegar-ao-aeroporto. e como vamos voltar tarde da noite? depois tem a terceira viagem, em que um fica, o outro vai. e depois terá o dia em que sairei de manhã para levar meu filho até o rio de janeiro, e no fim do dia eu volto pra casa. me sinto tão boba falando de dores de barriga que p

vou te encher de beijos

me ajuda a fazer a lição?, diz ela, e abre seus bracinhos macios. desde sexta, quando perguntei no carro quem tinha lição, ela tem feito isso. eu achei estranho quando ela disse que tinha lição. porque às sextas a professora costuma dar uma folga. e então ela me conta o que era a lição: encher a mãe de beijos e ajudar com alguma tarefa em casa. ... eu sempre escuto quando ele acorda. nem tanto pelo barulho dos espirros, mas pelos passos. ele pisa com força, e isso faz barulho, mesmo num chão de taco antigo sobre o qual ele pisa com os pés descalços. ele entrou no meu quarto, deitou ao meu lado, me deu um beijo e um abraço, e disse 'feliz dia das mães'. saiu, e fechou a porta. esse foi o meu primeiro presente do domingo no qual se comemora o dia das mães: dormi até as 9h. isso é um luxo para quem tem filhos pequenos. ... saí da cama e ela foi rápido pegar o presente que tinha feito pra mim. estava escondido debaixo da cama dela. era um castiçal feito com um pote de vidro s

'foi legal ir de bicicleta à locadora'

era uma manhã de domingo. e ele tinha pedido para pegar um filme na locadora. no caminho para comprarmos algo para cozinhar para o almoço, passamos na locadora, que estava fechada. abriria ao meio-dia, e ainda faltava meia hora. eu estava na cozinha, preparando o almoço, e sugeri ao joão que ele fosse até a locadora a pé. ele pediu pra ir de bicicleta. é claaaaro que não, disse. de carro, então, ele pediu. mas eu estava cozinhando, e seria preciso esperar um pouco. chamei o joão novamente e insisti que ele fosse buscar o filme enquanto amélia que era mulher de verdade assava uma carne maravilhosa no forno. ele concordou e foi. quando voltou, com as bochechas vermelhas, disse "foi legal ir de bicicleta à locadora". como? "ué, mãe, você não disse que eu podia ir de bicicleta?" como diz o outro, quando eu estou levando a farinha o joão já está voltando com o pão. afe! não fiquei pensando muito. era domingo, passava pouco do meio-dia, e as ruas do bairro são vazias