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Mostrando postagens de junho, 2013

os dias parecem séculos sem escrever

vou espalhando bilhetes amarelos, laranjas e rosas pelo carro, na agenda, e grudados no computador as inspirações vêm e ficam grudadas no papel ela me conta que o marido encontra tempo pra tudo e que é chamado pra mais coisas ainda porque quem não tem tempo é muito eficiente e eu penso em como eu tenho nojo de não ter tempo e nojo de correr e nojo de ver que há dias não escrevo dona rosa fez um bolo fabuloso que eu não comi acabo de colocar os meninos na cama a família está maior com quique e nacho os meninos da costa rica que estamos hospedando sinto uma alegria macia um tipo que nunca tinha sentido de ter esses meninos em casa quando penso em quantas casas de família já dormi quando viajava com a escola devem ter sido muitas viagens porque meu pai reclama até hoje que passou pouco tempo com os filhos que viajavam demais quase todo sábado e domingo e no meio disso tudo eu trabalho feito louca pra deixar tudo organizado pras fabulosas férias que terei dia

por que odiar a prefeitura de são paulo?

por que uma pessoa odiaria a prefeitura de são paulo? bem, há muitas razões. mas eu vou falar só de uma. a do abandono. ... quem cuida da cidade? ninguém. vamos aos fatos. ... imagine que você more ao lado de uma balada. descontando o fato de a fila ficar na frente do seu prédio três vezes por semana, a balada em si não faz barulho. há isolamento acústico e tal. mas e o lado de fora da balada??? - uma casa alugada ao lado da balada em si serve de camarim para os artistas, que também recebem convidados, e esses convidados gritam "depois" do show que aconteceu dentro da balada. como eles são muito animados, eles costumam conversar e dar gritos até o sol nascer. - o lixo da balada é recolhido quando as pessoas já foram embora da balada, hora em que eu ainda estou dormindo. por volta das 4h, 5h. os sacos com as garradas vazias rolava uma escadaria. depois de eu reclamar, os funcionários não arrastam mais os sacos. somente os carregam, o que faz (um pouco) menos barulho.

sobre velocidades

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fazia muitos, muitos anos que não a via. fiquei olhando, sem ter certeza se seria ela mesmo. foi quando ela me olhou e disse tiiiiita. eu nem sabia que ela sabia o meu nome. e ela me olhava no olho, e escutava com o coração o que eu dizia. ela me olhava e dizia que eu estava muito bonita. e isso ela falou algumas vezes. com seriedade e concentração. eu disse a ela que ela também estava muito bonita. ela riu, sabia que eu estava falando sério também. e então ela diz: você está mais calma. sim, passaram-se uns 17 anos. "você sabe que você era muito acelerada, e essa é a sua questão." ela tinha me visto poucas vezes. e sabia o que eu demorei anos pra descobrir, e que está levando anos para mudar. a minha velocidade. pensei que eu nunca mais escreveria aqui. essa é a árvore que enfeita a rua maria carolina. duas vezes por ano ela fica assim, tomada de flores. o dia era cinza quando tirei a foto. não só os galhos ficam cor de rosa: a calçada fica com um tapete de flores.