Postagens

Mostrando postagens de março, 2018

querido monstro, você não vai me pegar. assinado eu.

Imagem
diferentemente das propagandas de margarina e das fotos postadas pelos amigos no clima ó-vejam-como-sou-feliz no famigerado Facebook, tem dias em que eu acordo com problemas. não é nada prático, palpável, tipo "quando será que o meu cliente vai efetuar o pagamento que deveria ter sido feito em fevereiro?" ou "será que a greve da escola da minha filha que já dura quase três semana irá se estender por muitos dias?". são problemas imaginários. é a sabotagem, minha amiga íntima e de longa data. que vem em forma de pensamentos nada gentis como ah-que-vida-dura, ó-como-eu-sou-incapaz ou ai-eu-não-vou-dar-conta. um monstro. quanto mais rápido eu ando, maior é a rasteira que posso levar da sabotagem. por isso, já tem uns anos que eu tenho me concentrado para andar mais devagar. foi em 2013, precisamente, que descobri que sentar e praticar meditação era uma cura para a minha velocidade estonteante (mais tarde fui descobrir que queria ensinar isso e estou fazendo formação p

mamãe vai viajar e já volta

Imagem
eu não sei se em todas as famílias funciona assim, mas creio que na maioria, sim. quando tem viagem, seja de filho, de mãe, de mãe com filho ou de toda a família, a mãe é a pessoa que fica mais ocupada com os preparativos. bem, me parece que há algumas exceções. caso da minha amiga que é casada com um homem que não é brasileiro e que cozinha todas as noites. suponho que ele também arrume malas e organize o porta-malas do carro e se responsabilize por outras coisas. mas ele é uma versão-quase-aberração do homem que faz. e então eu peguei um trabalho cujo desenvolvimento exigirá algumas viagens. uma, que aconteceu uns dias atrás, e possivelmente mais uma ou duas. tudo foi preparado com antecedência. um cliente organizado e tranquilo, eu idem ibidem. datas, agendas, cronogramas. tudo certo. e as crianças? eles não são mais crianças. são meus filhos. e exatamente por este motivo desta vez eles, os meus filhos, ficariam sozinhos. deixar filho sozinho não é exatamente um problema. pode

o farol fechado e a pedestre boba (e feliz)

Imagem
Tem uma frase do mestre zen Thich Nhat Hanh que questiona por que estamos sempre correndo. É algo como “todos seremos enterrados quando morrermos, então pra que você corre?” As pessoas que sabem que não devemos correr sempre questionam: por que você está correndo? Onde pretende chegar? A frase me veio à cabeça durante o trajeto que estou fazendo, a pé, da minha casa até a redação da revista onde estou trabalhando por duas semanas. Como o tempo que eu levo de ônibus é igual ou superior ao tempo que eu levo se for andando, e como eu tenho um punhado de quilos que acumulei nos último anos e dos quais quero muito me livrar, decidi andar. Vou pelo caminho mais barulhento, mas mais tranquilo para pedestres. A avenida é larga e tomada de carros, e as calçadas também são largas e tomadas de gente apressada. No dia em que assisti a um vídeo sobre como fazer pedestres parar na hora de atravessar a rua, s enti um grande alívio . O vídeo contava uma história (tipo uma dança que aparecia no