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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

sobre os 20 anos, as reclamações e a doçura

houve um tempo em que nos divertíamos mais, me parece. são quase 10 da noite, e eu comecei meu dia às 5am. ia escrever sobre isso, sobre tudo o que fiz, mas achei que seria um saco. acabo de preencher o formulário de "referência de empregador" para a amanda, sobrinhna de uma amiga de longa data. ela quer ser au-pair, aparentemente na holanda. preenchi tudo direitinho, e fiquei pensando em como é legal quando a gente tem 20 anos e nada é muiiiiito importante. algumas coisas são mais, outras menos. mas nada é ó-meu-deus. talvez seja a minha memória que não lembra de tudo, mas tenho a impressão de que me preocupava menos - bem menos! - 20 anos atrás. pois bem. o dia começou cheio. preparar o café da manhã e as lancheiras, acordar as crianças, levá-las à casa da carona, ir a uma reunião crítica, buscar as crianças, atender o celular, marcar um call que não aconteceu, almoçar, levar o filho à dentista, comprar sorvete na volta pra casa - são paulo deve ser uma das cidades mais qu

sobre as palavras desnecessárias

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"Se as coisas são inatingíveis, ora...não é motivo para não querê-las. Que tristes os caminhos se não fora a presença distante das estrelas." mário quintana ….

navegar é preciso

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nosso pequeno mas mais do que suficiente porta-malas. pronto. as 3 biciletas amarradas. estávamos partindo rumo à cananeia. foi assim: "estamos pensando em ir pra cananeia por dois dias no carnaval, acampar. topa? custos bem acessíveis. adoraríamos ter vocês três como companhia!!!". era uma mensagem de texto que ela tinha mandado pro meu celular. consultei minha pequena família. descolamos uma barraca emprestada. comprei dois colchões infláveis, uma lanterna grande e uma máscara de mergulho. as outras providências eram menores: abastecer carro, calibrar pneus do carro e das três bicicletas, comprar umas frutas e umas cervejas, arrumar uma bolsa com roupas, outra com comidinhas. adoro viajar para lugares desconhecidos. e então partimos rumo à cananeia. nossos amigos numa camionete, nós no nosso pequeno mas incrível carro. levávamos 3 bicicletas. na camionete, outras 5. engraçado como viagens pequenas podem parecer enormes. eu tinha de trabalhar depois do carnaval, portanto no

ele sempre falava da gratidão

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é difícil falar de gratidão quando o cansaço senta sobre os nossos ombros. e eu tenho de admitir que minha inspiração não anda simpática, e eu ando escrevendo trechos sinistros. ... existem dias que são muito peculiares. ontem foi um deles. soube da morte do meu primeiro chefe logo cedo. sabia que ele estava doente, mas não imaginava que estivesse morrendo - pensamento estúpido, já que morremos um pouco a cada dia. foi pelo facebook, e as pessoas foram deixando mensagens ao longo do dia. à noite, depois de trabalhar um tanto, comecei a chorar quando me lembrei que foi ele quem me contratou para "trabalhar com qualquer coisa que tivesse a ver com comunicação". eu dava aula numa escola de inglês e estudava jornalismo. e um dia disse para o meu pai que era hora de trabalhar com a tal da comunicação. e então meu velho me deu o telefone do carlinhos. eu liguei, me apresentei, marcamos uma entrevista. eu lembro a roupa que usei, que era para mim muito especial: uma saia de seda cor

trekkings urbanos

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ele veio com a seguinte pergunta: quem fazia trekking? as pessoas se animaram, e foram relatando os lugares por onde já haviam andado. eu fiquei pensando, e não disse nada. uns dias depois, saímos para uma caminhada no bairro. ficamos umas cinco horas andando, com direito a pastel na feira e compra de dicionário e pincel para aquarela. fiquei pensando na nossa caminhada e no tal do trekking sobre o qual ele havia perguntado. eu sou extremamente monotemática, e achei muito mala dizer que eu tinha feito uma caminhada linda no sertão baiano, na chapada diamantina, com as crianças. aí pensei nos trekkings urbanos que podemos fazer, senão todos os dias, pelo menos aos sábados e domingos. passear por ruas desconhecidas, pegar o metrô e conhecer lugares novos, fazer o que nunca fazemos. ela me ligou para pedir meu endereço. disse que o pessoal da organização da festa não estava conseguindo falar comigo. ela fez 40 anos, e faria uma festa. "balada", alertou. eu estava viajando, mas