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melhores frases - parte I

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 "a mamãe é muito magra." isso ela disse quando estava tomada do espírito natalino. estávamos no carro, no longo caminho até porto alegre. ... "eu acho você a mais normal da família." a declaração me levou às gargalhadas. eu sempre falo pras crianças que somos todos loucos, e acho que eles já entenderam. ah ah ah. ... "eu sirvo muito esse prato pra casais, no jantar. o petisco é mais pra quem tá na balada, tomando uma cervejinha." o garçom tinha uma cara de alemão que só um garçom em joinville poderia ter. era um barzinho ao lado do hotel, onde tínhamos ido jantar depois do revigorante banho. eu tinha escolhido um prato, e o alemão nos sugeriu outro, com a explicação acima. eu tomava uma stella artois geladíssima, e pensava meu-deus-o-que-esse-homem-quer-dizer-com-isso?, mas achei melhor deixar pra lá. acatei a sugestão. e já que toquei no assunto, por que um ser humano usa a palavra b-a-r-z-i-n-h-o? ou é um bar, ou é um boteco, ou é um cafofo. m

eu sabia que eu ia chorar

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saindo de casa muito cedo o porta-malas mais bem organizado de todos os tempos o joão a lica saímos cedo. era a minha prova da coragem. a última do ano. claro que só me dei conta disso depois de dirigir os pouco mais de 1.100 km que separam minha pequena casa da grande casa onde moram os meus pais, no extremo sul do país. combinamos, as crianças e eu, que iríamos sem pressa de chegar. mas isso só valeu até entrarmos no carro. ao pegarmos a estrada, os pequenos joão e lívia começaram a dizer que não viam a hora de chegar a porto alegre. pegamos muitos acidentes na nossa frente, o que nos fez parar por horas e horas. e conseguimos manter o bom humor. passadas as primeiras 12 horas de estrada, meu filho olha pra mim com aquela cara do anjo incompreendido e sugere que sigamos noite à dentro. explico que faltam 600 km, e que eu não dou conta de dirigir à noite. ele logo começa a bocejar, e aceita a nossa parada no norte de santa catarina. minha ideia de um belo banho d

shortcuts

"que festa era aquela! nunca fui numa festa assim!" eu achei a frase maravilhosa. saiu da boca da sueli, a tagarela copeira do escritório onde trabalho. e dizia respeito à fabulosa festa da firma. dançamos até cair. ... "é tendão inflamado. ainda não tá bom. volta em janeiro. quando tá cansada, doi. quando descansa, para." esse foi o sucinto diagnóstico do dr. kong quando, às 9h30 da manhã, saí do consultório dele depois de uma sova de 1h e meia. senti muita dor, e descobri que estou mais cansada do que imaginava. ... ela me perguntou o que eu achava do pai das crianças. era uma pergunta profissional, a dela. mas a minha resposta, não. disse pra ela que na fantasia de toda mulher que tem um filho haverá um pai e uma mãe. mas que às vezes isso não funciona, como no meu caso. aí a gente é mãe solteira sem querer. o que é o pior dos mundos, não pela solidão, mas pela dureza do caminho. muito, muito duro. depois que fui embora fiquei com ódio da pergunta e da respos

as azeitonas, a velha e a igreja

“ Do not fight against pain; do not fight against irritation or jealousy. Embrace them with great tenderness, as though you were embracing a little baby. Your anger is yourself, and you should not be violent toward it. The same thing goes for all your emotions .”   Thich Nhat Hanh  ... eu fui ao mercado de pinheiros comprar azeitonas, pimenta caiena e anchovas, para fazer uma maravilhosa tapenade, e umas frutas também. tava com uma daquelas roupas ó-tomara-que-eu-não-encontre-ninguém, coisa que a danuza leão desaconselha com veemência. segunda ela, podemos encontrar o amor da nossa vida a qualquer momento, por isso, temos de sempre estar vestidos com decência, mesmo que seja para comprar azeitonas pretas chilenas para fazer a tal da pasta. mas enfim, eu não costumo ouvir todos os conselhos que eu acho que fazem sentido. é sempre bom não seguir todas as normas, ainda mais pessoas que, como eu, são respeitadoras da lei e adoram cagar regras (sim sim sim, o esforço tem sido h

charme, luxo e poder

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a fila da padaria era pequena e andava rápida. quando chegamos ao caixa, as duas atendentes conversavam alegremente. como se a minha presença e a dos outros clientes não fizessem diferença. aliás, não faziam. "ela é bonita, ótima dona de casa", diz uma. "mas ela gostava mais dele", diz a outra. "minha mãe sempre diz que é o contrário, o homem tem que gostar mais da mulher", respondeu a primeira. "por isso não deu certo", completou a segunda. pelamordedeus, saí pensando da padaria. como a pessoa pode pensar assim? teria ela um medidor de amor pra saber quem gosta mais de quem? e que vida sem graça você ficar com alguém e saber que tem um que gosta mais do outro. ... estávamos naquelas constrangedoras salas de espera. a TV ligada, tudo como deve ser. e então uma senhora muito enrugadinha faz uma ligação do celular dela. diz ao interlocutor que irá se atrasar, e que ele poderia checar umas coisas. então ela fala o e-mail dela, e descubro que

a lente dos olhos e a do coração

"preste atenção. o que um dia se inciou tem de ser encerrado: essa é a lei do mundo. isso não é motivo de júbilo. nada vem no tempo certo, a vida não dá nada a quem se prepara. (...) duas pessoas não podem se cruzar nem mesmo na véspera, mas somente quando amadureceram para o encontro..." lajos, em "o legado de eszter", de sándor márai ... ela me ligou no meio da tarde. uma amiga querida estava na cidade, e haveria um jantar para poucas pessoas - ela frisou - na casa de outro amigo. e lá fui eu para a operação será-que-as-crianças-podem-ficar-com-o-pai-delas-à-noite-para-eu-poder-ir-ao-jantar-de-última-hora? eu não queria me frustrar, e fiquei pensando que tudo bem se não desse certo, mas deu. elas iriam dormir com o pai, e não na minha casa, como estava combinado. ficamos, minha amiga e eu, combinando horários e como ir - alguém vai beber? vamos de táxi? você já chegou em casa? deu certo com as crianças? achei maravilhoso não só ser convidada para o jantar com

a vida aqui no interior

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enquanto a minha filha urra e vai se preparando pra ir pra cama, e meu filho lê depois de ignorar as ordens de ir pra cama, penso no que vou escrever, sobre a minha vida na cidade do interior onde, dizem, moram mais de 20 milhões de pessoas. são várias pequenas histórias que me fizeram ter certeza de que moro numa cidadezinha. tem a horta. é assim que eu chamo a caixa de papelão com verduras que chega à minha casa toda segunda-feira. só vem coisa fresquinha, e com cheiro que só o que é plantado sem veneno tem. tem os passarinhos. fui dia desses contar pras crianças que a gente percebia que a primavera estava perto por causa do canto enlouquecido dos passarinhos. expliquei que o macho canta pra chamar a atenção da fêmea. e a minha filha perguntou como eles namoravam. claro que eu nunca sei responder o que ela me pergunta. tem as azeitonas. tínhamos de preparar parte de um almoço grego para 150 pessoas. e as azeitonas estavam dando trabalho: a mayra tinha ido

a felicidade grátis

a ideia não é minha. há tempos eu pensava nisso. mas sempre eu tinha 'coisas pra fazer'. aí minha amiga teve um filho, e foi emagrecendo, emagrecendo, e me disse "tita, vamos logo fazer isso". o 'isso' é uma swishing party. o que quer dizer um evento em que cada mulher leva uma peça de roupa legal, e 30 minutos são reservados para olhar tudo, e depois toca-se o gongo e cada uma pega o que quiser. não, meu caro, não tem nada de selvagem. as regras são simples: é proibido cuspir, arranhar e bater. ponto. eu acho engraçado como a maioria das pessoas acha essa ideia mega selvagem, sem ordem. mas não é. porque não é uma feira de trocas, nem uma venda promocional, nem um bazar. é uma doação. você leva tudo o que você não usa mais. e como cada pessoa vai levar o que não usa mais, você eventualmente vai achar algo legal. eu convidei umas 20 amigas e, ao perceber que muitas não viriam, convidei outras dez. mas éramos somente seis hoje à tarde. ficamos esperando, p

sobre a frugalidade

o livro é desses com a capa ordinária, e tem páginas cujo papel é fino, poroso e vai ficando cada vez mais amarelado. quando você compra, o papel é bege. passados dez anos, tá quase marrom.  mas eis que dia desses, eu lembrei do livro - o que é bem diferente de quando você passa em frente à estante e enxerga um livro. eu tenho poucos livros na minha casa. só guardo os que me tocaram profundamente, e que, por causa disso, eu acho que um dia eu ainda vou ler novamente. mas esse era diferente. eu nem lembrava o que tinha nele. sim, lembrava do assunto, mas não do conteúdo. e lá fui eu relê-lo, tantos anos depois.  eu costumo esquecer de muitas coisas. filmes e livros incluídos. então foi enorme a minha alegria quando encontrei um pequeno trecho sublinhado. sim, apesar de eu não lembrar lhufas, eu já tinha lido aquilo! e agora estou na parte em que os autores falam sobre frugalidade. sobre isso, o houaiss diz o seguinte: 1. moderação alimentar; 2. simplicidade, sobriedade de costume

à espera dos sonhos

'eu tive muitos sonhos. mas tipo, dormindo eu fiquei esperando.' ela tinha acabado de acordar, e chegado à cozinha, onde eu preparava o café da manhã meio zonza de tanto que eu tinha sonhado. às vezes ela acorda e vai até a minha cama. mas às vezes eu acordo mais cedo, e então nos encontramos na cozinha. ela adora perguntar o que eu sonhei. e quando ela me pega deitada na cama escrevendo meu sonho no caderno, ela pede para eu contar. eu peço pra ela ela esperar um pouco, senão eu esqueço o que tenho de escrever. ela espera pacientemente. e toda vez que eu tento me livrar de contar o sonho e fecho o caderno, me dou mal. ela percebe. eu não conto tudo. leio uma parte, edito. e ela sempre diz "nossa, só isso?". é claro que ela sabe que não é só isso. às vezes eu escrevo os sonhos que ela conta no caderno dela. é um caderno que eu comprei quando ela ainda estava na minha barriga - na verdade, cada filho tem o seu. mas quem os guarda e quem escreve neles sou eu. as me

o fim das férias

por que é bom ter amigos? porque eles iluminam o nosso caminho. e alimentam a nossa alma. e depois desses dias todos de muito pensar e nenhum escrever, recebi um texto belíssimo escrito pela lya luft. fiquei emocionada. estava lendo e-mails do trabalho, que jaziam na minha caixa de entrada do outlook tinha quase um mês, quando levo um susto. senti um alívio: minhas férias terminavam em grande estilo. ei-lo abaixo: Mês passado participei de um evento sobre as mulheres no mundo contemporâneo. Era um bate-papo com uma plateia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi.   Foi um momento inesquecível... A plateia inteira fez um 'oooohh' de descrédito. Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não

os dias parecem séculos sem escrever

vou espalhando bilhetes amarelos, laranjas e rosas pelo carro, na agenda, e grudados no computador as inspirações vêm e ficam grudadas no papel ela me conta que o marido encontra tempo pra tudo e que é chamado pra mais coisas ainda porque quem não tem tempo é muito eficiente e eu penso em como eu tenho nojo de não ter tempo e nojo de correr e nojo de ver que há dias não escrevo dona rosa fez um bolo fabuloso que eu não comi acabo de colocar os meninos na cama a família está maior com quique e nacho os meninos da costa rica que estamos hospedando sinto uma alegria macia um tipo que nunca tinha sentido de ter esses meninos em casa quando penso em quantas casas de família já dormi quando viajava com a escola devem ter sido muitas viagens porque meu pai reclama até hoje que passou pouco tempo com os filhos que viajavam demais quase todo sábado e domingo e no meio disso tudo eu trabalho feito louca pra deixar tudo organizado pras fabulosas férias que terei dia

por que odiar a prefeitura de são paulo?

por que uma pessoa odiaria a prefeitura de são paulo? bem, há muitas razões. mas eu vou falar só de uma. a do abandono. ... quem cuida da cidade? ninguém. vamos aos fatos. ... imagine que você more ao lado de uma balada. descontando o fato de a fila ficar na frente do seu prédio três vezes por semana, a balada em si não faz barulho. há isolamento acústico e tal. mas e o lado de fora da balada??? - uma casa alugada ao lado da balada em si serve de camarim para os artistas, que também recebem convidados, e esses convidados gritam "depois" do show que aconteceu dentro da balada. como eles são muito animados, eles costumam conversar e dar gritos até o sol nascer. - o lixo da balada é recolhido quando as pessoas já foram embora da balada, hora em que eu ainda estou dormindo. por volta das 4h, 5h. os sacos com as garradas vazias rolava uma escadaria. depois de eu reclamar, os funcionários não arrastam mais os sacos. somente os carregam, o que faz (um pouco) menos barulho.

sobre velocidades

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fazia muitos, muitos anos que não a via. fiquei olhando, sem ter certeza se seria ela mesmo. foi quando ela me olhou e disse tiiiiita. eu nem sabia que ela sabia o meu nome. e ela me olhava no olho, e escutava com o coração o que eu dizia. ela me olhava e dizia que eu estava muito bonita. e isso ela falou algumas vezes. com seriedade e concentração. eu disse a ela que ela também estava muito bonita. ela riu, sabia que eu estava falando sério também. e então ela diz: você está mais calma. sim, passaram-se uns 17 anos. "você sabe que você era muito acelerada, e essa é a sua questão." ela tinha me visto poucas vezes. e sabia o que eu demorei anos pra descobrir, e que está levando anos para mudar. a minha velocidade. pensei que eu nunca mais escreveria aqui. essa é a árvore que enfeita a rua maria carolina. duas vezes por ano ela fica assim, tomada de flores. o dia era cinza quando tirei a foto. não só os galhos ficam cor de rosa: a calçada fica com um tapete de flores.

o que é importante mesmo?

é um exercício interminável. o tal do foco. a palavra dá um pouco de nojo quando penso que é papo de quem fala em planejamento de carreira - ai que chatice! mas não estou falando de olhar pra fora. estou falando de olhar pra dentro. o assunto é recorrente, e eu tenho de pedir desculpas se por acaso provoco tédio nalguma alma. acho engraçado como as dores de barriga são tão diferentes. os anos passam, e a dor de barriga sempre vem me visitar. dessa vez foi por conta de várias viagens. curtas, mas viagens. então é uma função de onde vai ficar minha filha?, quantas horas demora pra chegar?, será que meu filho aguenta passar a noite no ônibus e ir pra escola de manhã cedo? depois tem a função como-vamos-chegar-ao-aeroporto. e como vamos voltar tarde da noite? depois tem a terceira viagem, em que um fica, o outro vai. e depois terá o dia em que sairei de manhã para levar meu filho até o rio de janeiro, e no fim do dia eu volto pra casa. me sinto tão boba falando de dores de barriga que p

vou te encher de beijos

me ajuda a fazer a lição?, diz ela, e abre seus bracinhos macios. desde sexta, quando perguntei no carro quem tinha lição, ela tem feito isso. eu achei estranho quando ela disse que tinha lição. porque às sextas a professora costuma dar uma folga. e então ela me conta o que era a lição: encher a mãe de beijos e ajudar com alguma tarefa em casa. ... eu sempre escuto quando ele acorda. nem tanto pelo barulho dos espirros, mas pelos passos. ele pisa com força, e isso faz barulho, mesmo num chão de taco antigo sobre o qual ele pisa com os pés descalços. ele entrou no meu quarto, deitou ao meu lado, me deu um beijo e um abraço, e disse 'feliz dia das mães'. saiu, e fechou a porta. esse foi o meu primeiro presente do domingo no qual se comemora o dia das mães: dormi até as 9h. isso é um luxo para quem tem filhos pequenos. ... saí da cama e ela foi rápido pegar o presente que tinha feito pra mim. estava escondido debaixo da cama dela. era um castiçal feito com um pote de vidro s

'foi legal ir de bicicleta à locadora'

era uma manhã de domingo. e ele tinha pedido para pegar um filme na locadora. no caminho para comprarmos algo para cozinhar para o almoço, passamos na locadora, que estava fechada. abriria ao meio-dia, e ainda faltava meia hora. eu estava na cozinha, preparando o almoço, e sugeri ao joão que ele fosse até a locadora a pé. ele pediu pra ir de bicicleta. é claaaaro que não, disse. de carro, então, ele pediu. mas eu estava cozinhando, e seria preciso esperar um pouco. chamei o joão novamente e insisti que ele fosse buscar o filme enquanto amélia que era mulher de verdade assava uma carne maravilhosa no forno. ele concordou e foi. quando voltou, com as bochechas vermelhas, disse "foi legal ir de bicicleta à locadora". como? "ué, mãe, você não disse que eu podia ir de bicicleta?" como diz o outro, quando eu estou levando a farinha o joão já está voltando com o pão. afe! não fiquei pensando muito. era domingo, passava pouco do meio-dia, e as ruas do bairro são vazias

he is 11

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eu estava mui emocionada. tinha comprado uma mochila pra dar de presente a ele. e escrevi um cartão belíssimo. o bolo ele pediu que fosse sorvete. então às 6am cantamos parabéns, a lívia e eu. e eles devoraram o sorvete que havia sido colocado numa forma de bolo com fundo removível - napolitano, flocos no meio e napolitano de novo, tinha sido a instrução. foi um dia cheio. pra mim e pra ele. eu fui pro escritório, e o joão, pra escola. depois ele tinha uma aula extra no começo da tarde, voltaria pra casa da escola sozinho de ônibus - o melhor presente que eu já dei na minha vida - e ainda iria pro inglês. nos encontramos em casa no fim do dia. antes eu tinha ligado pra casa e tinha pedido que a santa nalva dissesse pra ele me ligar quando chegasse. eu não estava tensa, mas estava apreensiva. tensa uma mãe fica quando o filho vai atravessar a rua sozinho pela primeira vez. ele me ligou um minuto depois. e só pelo "oi mãe" nem precisava dizer mais nada. ele estava feliz. o

mais do mesmo

meu deus. abro o caderno de economia e encontro uma surpresa. um belo texto sobre jornadas de trabalho flexíveis . no caso, uma "jornada fixa". a brasileira que o escreve é uma jornalista que mora em londres. trabalha na bbc, e busca os dois filhos na escola todos dias. eu chego lá!

mulher maravilha. ou o quê?

Resolvi começar pelos dois panos de prato brancos, mas encardidos, que jaziam dentro da bacia com água e sabão em pó fazia três dias. Fui esfregando e percebi, com alegria, que é um saco lavar pano de prato, mas que eles FICAM limpos depois de umas esfregadas. À mão, porque a escovinha não tem tanto poder. Ah ah ah. Eu estava enrolando para a faxina fazia dois dias. Tentava ligar pra ana todo dia, mas o telefone só tocava. Até que alguém atendeu, e disse que ali não morava ana nenhuma. Pronto. Era preciso fazer a faxina. Em sete anos que moro no meu pequeno e ensolarado apartamento, não lembro de ter feito o que fiz. Varri, arrastei móveis, passei pano úmido. Depois foi a vez de limpar os banheiros, e por último uma vassoura na cozinha e na área. Eu estava suada da cabeça aos pés. E bufando. E tudo durou mais ou menos uma hora. Lembrei do ano que passei nos estados unidos. Eu também devia bufar quando limpava o apartamento em Boston. Mas fazia com amor. Meu filho estava apre