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Mostrando postagens de abril, 2015

as dores que passam

o médico que fez o parto do meu filho - o meu primeiro parto - dizia que as mulheres só têm um segundo filho porque esquecem a dor. e assim sucessivamente. pois além de eu ter esquecido as dores do primeiro parto a ponto de ter tido depois o segundo parto, também esqueci da dor que é pastar na fila do consulado norte-americano mendigando um visto para cruzar a fronteira e pisar em solo estrangeiro. tinha esquecido também que o governo norte-americano faz o mesmo tipo de pergunta para um bebê de dois meses - idade em que meu filho teve o primeiro visto, quando fomos morar lá naquelas terras longínquas - e para mim. o preenchimento do formulário cujo nome não guardei leva quase duas horas. como o visto que eu estava pleiteando era para a família inteira, passei uma manhã em frente à tela do computador respondendo a perguntas como "você já falsificou um visto?" ou "você já viu alguém falsificando um visto?" (ou seria falsificando um passaporte?, não lembro). com mai