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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

o ótimo é inimigo do bom

ele me disse isso durante uma reunião na qual discutíamos o nosso trabalho. éramos três pessoas na sala, e eu fiquei feito uma boba repetindo "o ótimo é inimigo do bom, o ótimo é inimigo do bom". sorte não ter sido demitida por justa causa. passados alguns dias, estou saindo de uma reunião chatíssima quando ela me diz: "o ótimo é inimigo do bom. meu ex-chefe sempre repetia essa frase". vai ver a boba sou eu. eu não lembro de ter ouvido isso na minha vida até uma ou duas semanas atrás. é claro que eu devo ter ouvido, mas não escutei. e então, dia desses, era a hora de escutar e eu escutei. ... melhor do que o ótimo é inimigo do bom foi a frase que escutei hoje. estou me tornando uma pessoa chata, corcunda e mau humorada, porque tenho trabalhado sem parar. faz 13 dias que trabalho, e isso é muito, mas muito chato. eu tento ficar bem humorada, pensar que na vida as coisas não têm tanta importância como fazemos parecer e tal, mas não consigo. minhas costas doem - desta

onde estão meus saquinhos de bom humor?

ela perguntou se meu humor, o bom, é claro, tinha voltado. eu tinha ido ao escritório hoje porque tinha tarefas a cumprir. pagar com atraso o estacionamento, mandar meu computador para um pequeno check-up - a máquina é jovem, mas já apresenta pequenos problemas -, reorganizar minhas horas de trabalho - leia conversar e tentar mudar meu esquema de trabalho. mas o meu bom humor continuava em algum lugar entre a nova zelândia e o egito. ao que ela respondeu: 'eu queria um saquinho de bom humor'. bem, eu procurei debaixo da minha mesa, dentro da minha bolsa, mas de fato os saquinhos não estavam ali. para mim, é muito simples perceber quando estou vivendo longe do meu gigantesco arsenal de saquinhos de bom humor. quando eu fico brava é certo. e hoje eu fiquei brava duas vezes. mas muito brava, de doer a barriga. e de chorar. horror dos horrorores. nessas horas, depois que passa a dor de barriga, vem o resto. o banho de infelicidade: mas como eu estou gorda minhas roupas estão mesmo

teste de resistência

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em sentido horário, começando pelo verde-musgo, o joão, a dóris, a helena, a leila, o paulo, eu e a lívia - a parte da família que aderiu às caminhadas sugeridas pelo meu irmão para queimar parte das calorias ingeridas com alegria na casa dos velhos durante as festanças de fim de ano passados dois dias de mãe-que-leva-e-busca-os-filhos-da-escola, estou cansada. achando a vida chatíssima, o trânsito horroroso, o trabalho exaustivo, os amigos escassos. eu acho divertido os meus momentos de a-vida-é-uma-merda, porque começo a enxergar tudo sem cor e é claro que há um exagero bizarro nisso. mas o trânsito com a maternidade podem fazer mães desenvolverem ideias muito esquisitas. em menos de meia hora, hoje de manhã, eu pensei em me mudar para a pequena florianópolis, em acelerar o carro em direção ao rio pinheiros, em me mudar para o meio do mato (urg!) e em pedir para parar o trem que eu quero descer. a última, claro, é uma ideia que surge quando os pensamentos têm um upgrade e passam a se

não é não

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joãozinho assiste ao jogo do palmeiras. ele sofreu, gritou e chorou, e eu disse pra ele que chorar por futebol é demais. vamos ao jogo semana que vem a loura da casa - i am joking. é uma peruca que ela ganhou em xangrilá beach, provavelmente numa lojinha antiga de capão da canoa ela ia falando e os pais, ouvindo. assim como a comédia é a tragédia vista sob o ponto de vista do futuro (será que estou escrevendo merda?), a sabedoria vem com o tempo. no caso da dora, ela é uma doce mulher, que carrega com ela a sabedoria de quem criou três filhos, já adultos. e ela nos dizia: temos de deixar claro para os nossos filhos que não é não, sim é sim e talvez é talvez. idiota? não. pelo menos pra quem tem filhos, que ficam o tempo todo testando nossos limites - e os limites deles também. eu estava abaixada no quarto dos meus filhos, colocando dentro da caixa do banco imobiliário uma das cartas "sorte azar" que achei no chão da sala. e então vejo que a minha outra mão, a que não estava s

o bacalhau da dona margarida

os dias vão passando e eu nunca consigo abrir este blog e escrever algo. rabisco umas ideias num bloquinho velho que carrego no meu carro, carrego o bloquinho dentro da bolsa pra ter minhas anotações por perto, e nada. mas eis que hoje saí da cama mas não consegui sair de casa. uma dor de garganta que me incomodava havia dois dias virou uma gripe com direito a nariz entupido, dor no corpo, cara que quem não dormiu - mesmo depois de uma noite de 10 horas de sono -, um pouco de febre, rinite ou sinusite - não sei qual, mas sinto dor no rosto - e vontade de ficar deitada. passei o dia dentro do meu quarto, enquanto meus dois filhos mais os dois filhos da nalva brincam, ora na sala, ora no pátio. vou trabalhando, pensando em como ia ser bom se eu não tivesse de trabalhar hoje. a recomendação médica é tomar muito líquido e comer comidas quentes e apimentadas. eu não costumo falar com médicos por causa de uma gripe, mas minha amiga me conta que o cunhado dela morreu semana passada de pneumon