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Mostrando postagens de novembro, 2011

o castelo ficou pronto

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em ordem decrescente: joão e lívia dão a primeira demão externa de pijama, as primeiras marteladas para colocar o telhado no castelo a pintura interna, depois de termos colado e pregado as paredes com o auxílio dar irmãs, os últimos retoques antes do início da pintura pipoca para animar a equipe: o castelo antes de ter paredes, e já com grades nas janelas o castelo do joão ficou pronto. as instruções eram poucas: construir uma casa sobre uma base de madeira, com cerca de 70cm por 40 ou 50cm. qualquer material, qualquer casa, concebida e construída pela criança. conseguimos fazer o castelo sem gritos, sem noites insones. e o que me vem à cabeça agora é que o mais difícil do projeto foi fazer "a casa do joão". sim, porque nesse ponto a professora da classe foi muito clara: a casinha é das crianças. a frase que eu mais gostei a esse respeito foi a do caio, que disse ao pai dele: 'esta é a minha casa. a sua está pronta, e é onde moramos'. fiquei pensando em como sempre ac

de repente, a cama

lá vou eu escrevendo, na minha velocidade estonteante. bem, aqui é o único lugar em que consigo seguir lenta. e por isso, uau!, adoeci. não "por isso", mas "para isso". ... foi bem singelo, e bem rápido. dia útil entre um domingo e um feriado, e eu trabalhando feito uma mula jovem. de repente, começo a bater queixo. me encho de roupa de lã, coloco meus pequenos filhos na cama e vou dormir às 18h, morrendo de frio. duas bolsas de água quente, trocentos cobertores, e frio. e assim passei três longos e doces dias: na cama, ora suando, ora tremendo de frio. meus filhos pacientemente iam me visitar na cama, porque doía sair dela. aí eu fiquei pensando em como não devo fazer planos, não devo fazer tantas listas, não devo desejar tantas coisas. trabalhei pouco - trabalho com pessoas gentis e delicadas que não me incomodaram e ainda fizeram o que eu não conseguia fazer. ... ela falava do tempo. e deu uma bela definição, que nem dela era, mas de um professor cuja palestra el

o trabalho, o serrote, a força

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eu pensei que ter uma furadeira seria a representação máxima da testosterona entre os meus pertences. mas eu estava enganada. ontem investi em um serrote e em algo que eu chamaria de "serrinha", mas que deve ter outro nome. nas fotos é possível ver meu filho manuseando o troço. bem, vamos aos fatos. uma das 14.753 atividades escolares do meu filho este ano é fazer uma casinha. qualquer casinha, com qualquer material, de qualquer tamanho, desde que sobre uma base de madeira. o tamanho da base de madeira é 70cm por 50cm, aproximadamente. 'filho, vamos pensar no projeto da casa. como você quer fazê-la?'. a pergunta deve ter sido feita uma dúzia de vezes, até ele me responder: 'quero fazer um castelo com cinco andares'. eu tenho de ter bons motivos para desmaiar. não foi dessa vez. então a minha pergunta mudou, e eu sugeri um castelo de TÉRRREO. 'dois andares', ele disse. meu desespero consistia em tentar fazer meu filho entender que na vida fazemos o poss

onde é a próxima estação?

olho pra minha cama e vejo uma bolsinha de plástico transparente cheia de pollys e roupinhas sapatinhos e tal. dois telefones, um deles desligado. o telefone sem fio da minha casa. pastas para arquivar e as pastas para as reuniões de amanhã. olho pra minha mesa de trabalho e vejo a minúscula pilha de papéizinhos meus - entre eles, a história do natal e da coroa de advento -, minhas flores coloridas de feltro, o celular sem chip que meu filho ganhou do meu pai "para jogar" e uma pilha de uns 15 cm de papéis que eu ia arrumar mas não arrumei. ah, e um tubarão lego ou playmobil me olha sem nenhuma doçura. olho pro chão e acho um laço de plástico pink, menor que a unha do meu dedo mindinho, que é pra prender o cabelo das pollys. há pouco conversava com um cliente sobre como aprovar um trabalho. ele disse que estava exausto, e eu sugeri que retomássemos a conversa amanhã. ele queria decidir tudo hoje. "para o trem que eu quero descer", falei. ao que ele respondeu: "