"eu não vou chegar"
era sábado. sabia que não devia contar com a calmaria de um fim de semana, porque existem coisas que nunca são calmas em são paulo. uma delas é o trânsito sobre a ponte que me permite cruzar o rio pinheiros para seguir em direção à escola das crianças. e assim foi. em vez dos 12 minutos que eu poderia levar, para chegar a uma reunião com uma folga de 15 minutos - o mundo ideal para pessoas que não passam bem com atrasos -, demorei 45 minutos. "eu não vou chegar" era o mantra que tomou conta dos meus pensamentos. coloquei boa música, pensava em coisas boas, mas "eu não vou chegar". eu estava furiosa, e nessas horas s-e-m-p-r-e penso em sair correndo da bela e cinza são paulo. eu cheguei. e para minha surpresa, a reunião, que sempre começa pontualmente, naquela manhã de sábado estava atrasada 15 minutos. alívio. e a raiva foi-se. mas eu fiquei pensando no não chegar. um dia antes, eu fiquei sentada mais de 2 horas e meia no carro para percorrer os 20km que separam ...