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Mostrando postagens de março, 2019

a libertação de estar um ano sem comprar roupas

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hoje faz 3 meses e 6 dias que começou o projeto um-ano-sem-comprar-roupas. uau, só falta o tempo de uma gestação! em 9 meses poderei entrar numa loja e comprar um par de sandálias ou um lenço. só que parece que não. a ideia de me enfiar nesse projeto criado por mim mesma era muito antiga. mas acho que demorou uns anos - não sei se 5 ou 8 ou mais - para eu criar coragem. um dia acordei e tive certeza de que devia encarar a façanha. no começo tava morrendo de medo, e fiz posts neste blog, quando tive a ideia de começar a contar os 365 dias sem comprar nenhuma roupa ou acessório. para me comprometer publicamente, e também para digerir o meu choque, publiquei a lista de roupas que estavam no meu armário quando do início do projeto. eu estava perplexa e mui entusiasmada.  passado um mês , para a minha surpresa, eu havia sobrevivido e não estava em sofrimento. minha ideia de escrever uma vez por mês sobre o tema foi pro saco. eu estava me sentindo muito atrasada para cumprir a tarefa d

o carnaval, a obra, o bolo e o não fazer nada

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sento em uma das cadeiras da cozinha, enquanto o bolo assa no forno e os panos de prato são lavados pela minha eficiente máquina de lavar roupas. os homens da obra da esquina estão trabalhando hoje. vai ver os donos da construtora são de blumenau (santa catarina), onde os descendentes dos alemães que chegaram nessas terras uns 100 anos atrás simplesmente ignoram o carnaval. ou são de caxias do sul (rio grande do sul), onde os descendentes dos italianos que vieram pra cá mais ou menos na mesma época que os alemães tampouco consideram a celebração do carnaval - e eu estou falando da terça-feira de carnaval, não dos 15 dias que antecedem este feriado que não é feriado oficial nem da semana posterior a hoje. a obra da esquina sobe rapidamente, e um elevador vermelho carrega homens e materiais de construção obra acima e obra abaixo.  eu me sentei para parar. frequentemente eu passo dias sem me sentar para parar. não é para almoçar, tomar um café, jantar. não é para ver um film

bem, vamos esperar (o carnaval passar)

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eu moro no meio do carnaval. eu moro dentro do carnaval. a uma quadra para o norte e para oeste, cartazes avisam que as ruas estarão fechadas pelos próximos quatro dias. saí de casa cedo para fazer compras. as ruas já estavam fechadas. o mercado municipal de pinheiros funcionava pela metade, ou talvez menos do que a metade. "íamos fechar às 15h sábado passado, mas tivemos de fechar antes. as pessoas entravam, pegavam mercadorias e saíam", me conta bel, que me atende no entreposto das feijoadas. a cena é um pouco desoladora, luzes apagadas, o mercado vazio em pleno sábado de manhã, que é quando o lugar costuma ser lotado de moradores e turistas ávidos por comidas e temperos especiais, vendidos com fartura e a preços baixos. rua dos pinheiros rua cunha gago sábado passado começou o carnaval na região. eu sabia, mas não sabia que as estações de metrô que servem o bairro seriam fechadas. fui até o ponto de ônibus mais próximo para ir ao encontro de uma amiga, fazer