o cinza e o azul



um amigo me mandou a foto de onde ele está. não morando, nem pra sempre, pelo que entendi, só pensando na vida. fiquei boquiaberta. pensei em tirar uma foto da vista que tenho de uma das minhas janelas, mas achei que não seria muito justo comparar o meu cinza com o azul do meu amigo.
e pensando no que devo fazer, leio o belo texto da danuza leão, que pela segunda semana consecutiva escreve sobre a sabedoria de NÃO reclamar. li e gostei, bem nesses dias em que pensava em escrever sobre minhas olheiras escuras, meus quilômetros rodados diariamente, e o filtro que me faz ver em preto e branco.
o lado bom é que pra sair correndo é só pegar um filho em cada mão. sobre o lado ruim eu não vou falar. como eu bem sei, tudo passa e isso também passará.
voltando ao meu amigo, ele foi embora de são paulo porque disse que estava de saco cheio. ele sempre foi assim, na verdade. sempre foi embora quando ficou de saco cheio. ele tem um cachorro, mas o cachorro já não morava mais na cidade cinza. então nem o cachorro ele teve de carregar quando partiu.
e eu fico pensando se mudar de lugar vai fazer alguma diferença para mim. porque as tristezas e os cinzas nunca vêm de fora. infelizmente. senão ia ser bem, mas bem mais fácil.
a saída, onde fica?

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